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sábado, 13 de outubro de 2012

101 verdades sobre os remédios para emagrecer



 

 

 

 

Foto: Getty Images

Você toma remédio para emagrecer? Veja 101 verdades sobre essas drogas, entenda como funcionam e conheça as últimas novidades do mercado

Conteúdo do site ANAMARIA
ATENÇÃO: Nunca tome remédios para emagrecer sem antes consultar um médico.

1.  Os brasileiros são os campeões no uso de emagrecedores na América Latina, de acordo com a Nielsen Holding, especializada em pesquisas sobre consumo.

2. Pelo mesmo levantamento, cerca de um em cada 10 brasileiros (12%) usa esse tipo de remédio.

3. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2009, foram vendidas no país 67,5 toneladas de sibutramina, um dos emagrecedores permitidos.

4. Outra pesquisa revelou que 14,1% das mulheres usam derivados de anfetamina para reduzir o apetite.

5. A pesquisa mostrou ainda que o uso desses emagrecedores é mais comum em pessoas acima dos 35 anos.

6. A insatisfação com a aparência é o motivo por trás do alto consumo dessas drogas.

7. Segundo a Nielsen Holding, os brasileiros são os que mais reclamam do peso: quatro em cada 10 (43%) se acham “um pouco acima do peso”.

8. No resto do mundo, a proporção de pessoas que se classificam assim é de cerca de três em cada 10 (35%).

9. Segundo o Vigitel, sistema de pesquisa do Ministério da Saúde, de cada 10 brasileiros, seis estão pelo menos 5 quilos acima do peso.

10. Se por um lado o consumo de emagrecedores no país é alto, é baixo o índice de pessoas que praticam exercícios físicos.

11. Só 15,5% da população brasileira se exercita por no mínimo meia hora diária, cinco vezes por semana.

12. Remédios para emagrecer são recomendados para obesos.

13. Pacientes com sobrepeso e outro fator de risco para a saúde, como o diabetes, também são candidatos ao uso desses medicamentos.

14. Existem três tipos de emagrecedoes: anorexígenos, sacietógenos e inibidores da enzima lipase.
15. Os anorexígenos, ou inibidores de apetite, atuam no sistema nervoso bloqueando a fome. Representantes: anfepramona, femproporex e mazindol.

16. Os sacietógenos também atuam no cérebro, aumentando a sensação de saciedade. Representante: sibutramina.

17. E os inibidores da enzima lipase atuam no intestino, reduzindo a absorção da gordura. O princípio ativo é o orlistate.

18. Os anorexígenos são indicados para quem diz sentir muita fome e, por isso, exagera na comida.

19. Os sacietógenos são recomendados para aqueles que comem mais do que deveriam por prazer. Eles também costumam beliscar muito durante o dia.

20. Os inibidores da lipase são indicados para pessoas cujo maior problema é uma dieta desequilibrada, rica em gorduras.

21. A droga acima também é indicada para quem não pode tomar sibutramina porque tem propensão à depressão.

22. Desde o ano passado, a venda da anfepramona, do femproporex e do mazindol (anorexígenos) está proibida no Brasil.

23. Com isso, só há duas opções de fármacos emagrecedores no país: a sibutramina e o orlistate.

24. A indicação médica da primeira é de uma cápsula diária que deve ser tomada pela manhã.

25. A sibutramina age sobre dois neurotransmissores que sinalizam ao cérebro que já estamos satisfeitos, mesmo quando ingerimos uma pequena quantidade de comida.

26. Com esse remédio, a perda de peso deve acontecer em até quatro semanas.

27. O orlistate (inibidor da enzima lipase) deve ser tomado em cada uma das três principais refeições diárias.

28. Ele faz com que o corpo deixe de absorver cerca de um terço das gorduras ingeridas diariamente.

29. O excesso de gordura é eliminado nas fezes.

30. Segundo a bula do Lipiblock® e do Xenical®, nomes comerciais do orlistate, a perda de peso se inicia já nas duas primeiras semanas de tratamento.

31. O orlistate e a sibutramina promovem perda anual de até 10% do peso. “Parece pouco, mas temos que levar em conta os quilos que o paciente deixou de ganhar”, diz o endocrinologista Josivan Lima, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

32. Médicos alertam que essas drogas não cumprem sozinhas a tarefa de emagrecer.

33. Para obter os resultados, é preciso associá-las a uma dieta equilibrada e à atividade física.

34. Com a sibutramina pode haver dor de cabeça, insônia e taquicardia.

35. Também se constatou aumento da pressão arterial em alguns pacientes.

36. Não é indicada para quem tem propensão a problemas cardiovasculares, porque aumenta o risco de infarto e derrame.

37. Com o orlistate, pode haver urgência para evacuar várias vezes ao dia.

38. Pesquisas existentes não indicam risco de desenvolver dependência química dessas duas drogas.

39. “O que faz ganhar peso não é parar a medicação, mas o retorno aos hábitos antigos e não saudáveis”, diz Josivan Lima.

40. A Anvisa proibiu a venda de anorexígenos por considerar que a perda de peso com eles não compensa o risco de doenças.

41. E defende que não há estudos suficientes que comprovem sua eficácia.

42. A Anvisa também restringiu o uso da sibutramina.

43. Sua prescrição, só em receituário controlado.

44. Em outubro, o órgão vai avaliar se sua venda será mantida.

45. Outro emagrecedor que foi retirado do mercado é o Acomplia®.

46. Seu princípio ativo, o rimonabanto, inibe o sistema que estimula a vontade de comer.
47. A droga foi suspensa no mundo todo por aumentar o risco de depressão.

48. A FDA, o equivalente da Anvisa nos Estados Unidos, deve se posicionar em breve sobre o Qnexa®, que combina anfetamina fentermina e o anticonvulsivante topiramato, usado contra a enxaqueca.

49. A primeira atua na inibição do apetite e a segunda, na saciedade.

50. A FDA analisa ainda o Contrave®, que contém duas drogas utilizadas para tratar tabagismo e alcoolismo.

51. Alguns remédios não indicados para perder peso são usados para emagrecer.

52. O Victoza®, feito a partir liraglutida, ganhou fama como opção capaz de fazer perder até 15 quilos em seis meses.

53. Oficialmente, é indicado para controlar o diabetes tipo 2.

54. Mas passou a ser consumido por pessoas com sobrepeso, que emagreceram com poucos efeitos colaterais.

55. Segundo um estudo da Universidade de Copenhagen, nos obesos e sem diabetes ele aumenta a sensação de saciedade.

56Outra pesquisa concluiu que o Victoza® é eficiente para pacientes acima do peso, com ou sem diabetes.

57. A liraglutida teria o poder de imitar a ação do hormônio que regula a saciedade.

58. Mas cientistas admitem que faltam estudos que comprovem sua eficácia entre não diabéticos.

59. Outro caso é o da metformina, aprovada para tratamento do diabetes e da síndrome do ovário policístico.

60. Médicos alertam que ainda não há evidências de que ela proporcione a perda de peso em não diabéticos.

61. No fim de junho, a FDA aprovou a venda da lorcaserina (o nome comercial é Belviq®).

62. É a primeira vez que o órgão (cujas decisões viram referência) aprova um emagrecedor em mais de uma década.

63. Ele é indicado para obesos ou pessoas com sobrepeso associado a outras doenças.

64. Para ser vendido no Brasil, precisa ser testado pela Anvisa. Ainda em fase de testes.

65. Existe a crença de que o excesso de peso está relacionado à retenção de líquidos. Por isso, muitos usam remédios e chás diuréticos.

66. Os diuréticos aumentam o fluxo urinário e atuam nos rins.

67. “Você elimina líquidos e até vai baixar de peso. Mas a gordura não vai sair pela urina”, diz a endocrinologista Maria Edna Melo, da Associação Brasileira de Estudos sobre a Obesidade.

68. E você recupera os líquidos perdidos ao tomar água.

69. O mesmo vale para laxantes. "Só desidratam”, diz a médica.

70. Segundo um estudo nacional, seis em cada 10 mulheres que usam fórmulas manipuladas para emagrecer não são obesas.

71. Muitas fórmulas misturam remédios para ansiedade, derivados proibidos de anfetamina e hormônios da tireoide.

72. O objetivo é induzir o hipertireoidismo, que acelera o metabolismo.

73. Resultado: perda de massa magra (não de gordura), distúrbios de humor e arritmias.

74. A fluoxetina, presente em antidepressivos, também é usada nessas fórmulas, revela um estudo.

75. A droga, que ajuda a emagrecer quem tem compulsão alimentar, estava em mais de um quarto das receitas analisadas.

76. O maior problema é que a fluoxetina não pode ser combinada a outras drogas.

77. É perigoso misturá-la a substâncias que atuam no sistema nervoso central, como os benzodiazepínicos, presentes em tranquilizantes e na maioria das receitas médicas analisadas.

78. Essa combinação pode comprometer os reflexos – um perigo em situações que exigem atenção, como dirigir.

79. A mistura da droga com anfetaminas pode desencadear crises psiquiátricas.

80. Tem crescido a oferta de suplementos que teriam o poder de elevar a queima de calorias por conter substâncias presentes nos alimentos termogênicos.

81. “Termogênicos, como o guaraná, aceleram o metabolismo”, confirma o nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia.

82. Para que promovam a perda de peso, devem ser ingeridos em doses altas, o que não é recomendado, pois elevam a pressão.

83. Maria Edna adverte: muitos suplementos desse tipo têm substâncias estimulantes não informadas na embalagem. “Sem saber, a pessoa pode até morrer”, diz.

84. O melhor é procurar um endocrinologista ou um nutrólogo.

85. Verifique também se o produto tem registro na Anvisa (http://abr.io/2axy).

86. Quanto às cápsulas de chá verde, não há estudos que comprovem seu poder emagrecedor.

87. Nos suplementos à base de óleo de coco, a gordura do óleo prolongaria a saciedade.

88. Para alguns nutrólogos, essa gordura não é eficiente na redução do apetite.

89. Já as cápsulas de óleo de cártamo dificultariam o acúmulo de gordura nas células.

90. Mas faltam estudos em humanos.

91. Outro exemplo é a alga espirulina.

92. Ela tem baixo teor calórico e dilata em contato com líquidos.

93. Ela seria capaz de inibir a fome.

94. A quitosana teria o poder de absorver parte da gordura ingerida.

95. Essa fibra aumentaria a sensação de saciedade.

96. Na medicina ortomolecular, assume-se que as doenças e o sobrepeso tenham origem em desequilíbrios bioquímicos, provocados pela carência ou excesso de determinadas substâncias.

97. Por isso, é comum que os especialistas receitem suplementos de vitaminas e minerais.

98. A missão desses suplementos seria a de regular o metabolismo e evitar doenças e o envelhecimento precoce.

99. Famosas como Giovanna Antonelli e Priscilla Fantin ajudaram a popularizar essa corrente.

100. Com a ajuda de fórmulas ortomoleculares, elas dizem ter perdido 5 e 8 quilos, respectivamente.

101. Para a medicina convencional, não está comprovada a perda de peso por essa linha.
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